quarta-feira, 20 de junho de 2012

Quack!

Por Renatinha. O pato roxo vai embora. Agradeço a todos que nesse tempo todo perderam alguns minutos da sua vida lendo meus textos. Significou muito para mim, juro. Quack!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A ausência da internet

Por Renatinha


Oi. Meu nome é Renata e eu cheguei as 7h30 no trabalho.
Não tinha internet.
Meu 3G não pegava.

Eu abri o Word e estou escrevendo esse texto inútil para passar o tempo.

Agora eu gosto de futebol, mas ainda não gosto de azeitonas.

Está frio, mas não quero colocar o suéter porque gosto da minha camiseta (é do Nightmare Before Christmas).

Tomei café com leite, mas queria tomar todinho.

Descobri que tenho o ombro torto e isso está desviando minha coluna, mas a natação vai me ajudar a consertar isso.

Minhas unhas estão verdes, mas eu queria na verdade ser ridícula e ter pintado elas com as cores da Alemanha.

O jogo foi bom, mas só consegui ver o primeiro tempo da reprise.

Eu sorrio vendo vídeos do Bastian Schweinsteiger, mas não entendo uma palavra do que é dito.

Estou ouvindo The Format (que é a ex banda dos caras da Fun), mas não sei se gostei muito.

Olho para esse documento há 5 minutos, mas não sei mais o que escrever.

Vou contar uma história.

Era uma vez um pato roxo.
Esse pato roxo era um detetive de crimes patolísticos.
O que são crimes patolísticos? Se você não sabe, não sou eu que vou te contar.
Ele era um ótimo detetive, não há crime que ele não descubra tudo.
O único problema é que ele nunca conseguia passar despercebido. Ele é roxo, oras bolas!
Para ser honesta não aconteciam muitos crimes patolísticos.
Na verdade só ouve um, mas no fim ele descobriu que seu cliente nem pato era.
Era um ganso.
Ganso malandro.
Então eles ficaram melhores amigos e foram patinar juntos.
O pato roxo e o ganso malandro.
Fim.





Tá, essa The Formar é média. Preciso ouvir mais vezes até dar meu veredito.
Tchau!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Bolha


Por Brancatelli

Eu queria enfiar todo mundo que eu amo numa bolha.
Pra que nunca pudessem ser atingidos por nenhum mal.

Queria enfiar numa bolha todas as pessoas que eu amo, e as pessoas que as pessoas que eu amo amam.
Queria afastar delas qualquer pensamento ruim, qualquer sensação ruim, qualquer sentimento ruim, qualquer situação ruim.
Queria poder usar o meu corpo como barreira entre o mundo e minha bolha, e canalizar tudo de ruim, e lidar com isso sozinho, do meu jeito.
Queria poder ser um escudo, e atrair pra mim qualquer mal que pudesse atingir minha bolha.
E que todas as lágrimas fossem só minhas.
E que todo o peso fosse só meu.

E minha bolha flutuaria, solta.
Livre de qualquer mal.

Eu queria enfiar todo mundo que eu amo numa bolha.

E proteger essa bolha com a minha própria vida.

E fazer da sua tristeza a minha tristeza.
E fazer da sua dor a minha dor.
E fazer das suas lágrimas as minhas lágrimas.

Minhas. E só minhas.

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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Pensamentos aleatórios e perdidos sobre um álbum do ano passado e para os quais ninguém mais deve dar a mínima


por Brancatelli


Véi.
Na boa.
Tipo assim, papo sério.

Eu descobri meu problema com o Angles, o último álbum lançado pelos Strokes.

Sei que ninguém me perguntou nada, mas eu venho tentando organizar meus pensamentos sobre esse CD desde o lançamento, em março do ano passado.
Acho que finalmente consegui.
Tipo assim.. acho.

Seguinte!

Uma banda tem todo o direito de dar uma pausa.
Os integrantes têm o direito de enjoar da cara uns dos outros.
Entendo que fazer a mesma coisa, com as mesmas pessoas, ano pós ano, show pós show, disco pós disco, deve cansar pra caceta.
A pausa é necessária até para a própria sobrevivência da banda.

Entendo, respeito, acho até bonito.
Meu problema, rapá, é mais embaixo.

É assim, não sou contra experimentações. Acho que elas devem acontecer, e se uma banda de rock quiser fazer um disco de pagode, eu vou apoiar 100%. Porra, Radiohead, Arctic Monkeys e Los Hermanos estão entre as minhas bandas favoritas. Se o Weezer quiser fazer um disco de bolero, se o Belle & Sebastian quiser fazer um CD de metal farofa, se o My Chemical Romance quiser fazer um álbum só com covers do Justin Bieber e se o Móveis Coloniais de Acaju resolver se aventurar no funk carioca proibidão, eu vou ouvir com toda boa vontade que tenho (é pouca, mas é o que tem).

O problema é uma banda parar por 5 anos e, de repente, resolver lançar um conjunto de músicas que apenas em alguns poucos momentos lembra o que a banda fazia.

Tivesse o Angles sido lançado dois ou três anos após o First Impressions of Earth (cujo único pecado é ser longo demais), eu teria recebido muito melhor do que recebi, e acredito que tivesse sido assim com boa parte do público que se decepcionou com o álbum na época.

O que me fode é que, 5 anos depois, quando um retorno da banda ainda era uma incógnita e todo mundo já tinha aceitado a idéia de que teríamos apenas os projetos individuais dos integrantes, o Strokes aparece com um álbum que não se parece em nada com o que os fãs esperavam.
Se você passa 5 anos sem dar noticias, véi, o mínimo que você deve fazer é dar aos fãs o que os fãs querem. É praticamente um compromisso. Se depois você quiser inventar, fazer algo diferente, ir por outros caminhos, substituir todos os instrumentos pelo coral do asilo da sua cidade ou fazer um CD inteiro só com barulhos de baleias (estilo Björk), ótimo. Mas o álbum de retorno deve ser um álbum pros fãs.
Eu, por exemplo, passei tanto tempo sem postar por aqui e to voltando com o que se espera de mim: reclamações desnecessárias e sem sentido sobre coisas as quais ninguém mais se importa.

Repetindo o pensamento principal:
O álbum de retorno deve ser um álbum para os fãs!

Cara, eu entendo que Angles seja o primeiro trabalho do Strokes como banda, sem a unidade dada exclusivamente pelas composições do Julian Casablancas, e nem é esse o problema. Se tivesse continuado assim, nas mãos do Julian, esse álbum certamente teria uma cara mais voltada para o eletrônico, como no CD solo dele, e seria a mesma situação. E tanto é que Under Cover of Darkness, única faixa que lembra de maneira legitima o Strokes das antigas (e que serve quase que de consolo da banda pros fãs) é atribuída ao grupo todo.
Então, se eles criaram Under Cover, porra, custava nada deixar as experimentações pra um disco seguinte né não?!

Lançar um álbum diferente não é errado. O único erro de uma banda é lançar um álbum ruim.
Mas deixar seus fãs esperando sem noticias por tanto tempo, criar toda a ansiedade de um novo lançamento e lançar um material diferente daquilo que os fãs querem ouvir.. pra falar a verdade, acho que tem até um pouco de egoísmo nisso.

É isso, amiguinhos.
Sei la se vocês entenderam o que eu quis dizer, e olha, to me lixando pra isso.
Não levem pro pessoal, mas to feliz por ter entendido o motivo da minha birra com esse álbum. Minha opinião continua parecida com a que eu escrevi na época do lançamento (se interessar, clicaquí!), mas agora eu sei o porque dela.

E sabendo o porque, o Angles acaba ficando bem melhor do que eu me lembrava.

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terça-feira, 15 de maio de 2012

The ' i'm not so sure if it's ' amazing Spiderman

Por Renatinha

Acho interessante que, mesmo sendo um dos meus heróis favoritos nos quadrinhos, o Homem-Aranha dos filmes não costuma me ganhar muito.

Demorei muito para me acostumar com o Tobey e agora estou tendo o mesmo problema com o Andrew. Nada contra ele, veja bem, eu o adoro e ele já me provou em "Não Me Abandone Jamais" que é um ótimo ator. Aliás, vejo nele muito do Aranha que eu via no Tobey.

Meu problema com esse filme está sendo basicamente o plot. Não sei se essa busca pelo passado dos pais me anima muito...

Eu vou assistir? Vou.
Eu vou gostar? Não sei.
Ficarei ainda mais apaixonada pelo Andrew Garfield depois de vê-lo usando roupa de Homem-Aranha? É claro!
Vocês se importam? Acho que não.

(Detalhe que isso era para ser um post no Facebook, mas acabei escrevendo tanto que resolvi postar aqui mesmo!)

Veja o preview de 4 minutos do filme e tire suas próprias conclusões:




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terça-feira, 3 de abril de 2012

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Por Renatinha

Eu queria fazer diferença.
Tirar o folêgo de alguém.
Deixar o mundo mais bonito.
Aquecer o coração de alguém.

Existir não me basta.
Sobreviver não me satisfaz.
Quero pintar o mundo com as minhas cores favoritas.


Quero demais, faço de menos.

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quinta-feira, 1 de março de 2012

Morte e renascimento de mim mesmo

Por Brancatelli

Vou confessar uma coisa aqui.
De uns tempos pra ca, minha cabeça não tem estado muito boa.

É engraçado, a gente sempre da a própria racionalidade como algo seguro, constante, mas não vemos que a racionalidade é um algo extremamente maleável.
Achamos que nossa consciência de hoje será a mesma amanhã, quando não poderíamos estar mais longe da realidade.
Nos iludimos que nossa personalidade de hoje é a mesma de ontem, e será igual até o dia da nossa morte.
E estamos apenas nos enganando.

Não estou falando de como mudamos gradativamente ao longo da vida.
Estou falando de mudanças bruscas, de uma hora pra outra.

Como acontece conosco todo dia.

E quando você começa a se acostumar com o seu “eu”, essa mudança vem como um soco no estômago, e você se vê obrigado a deixar pra trás aquilo que você era.
E bate aquele medo, quando você tenta de qualquer maneira se agarrar ao seu “eu” antigo.
O medo de perceber que ele já está morto, enterrado, queira você ou não.
E ele está, e você não pode fugir disso.

E você se percebe uma pessoa diferente.
Igual, só que diferente.

A confusão de você não pensar mais igual a como pensava ontem, de perceber que as coisas te afetam de uma maneira diferente de como te afetava, de não concordar com sua própria racionalidade.
Não deve existir desespero maior que perceber seu cérebro mudando sem poder fazer nada.
De se perceber deixando de ser o que era.

É assim que eu me sinto.
Pior que me sentir alguém diferente, essa mudança me reaproximou de alguém que eu não gosto nenhum pouco.

Me senti próximo de um “eu” passado que eu preferia esquecer.

Nós sempre achamos que mudamos para melhor.
Que evoluímos a medida que aprendemos com a vida, que adquirimos experiências diferentes, que levantamos de cada queda.
Cada lição, cada erro, cada tropeço, cada acerto.
Gostamos de acreditar nisso.

Então o que fazer quando percebemos que mudamos para pior?
Quando acordamos com uma mentalidade diferente, uma sensibilidade diferente.. e não gostamos nada dela?
Podemos tentar mudar, voltar ao que era, exumar o que já foi enterrado com a esperança de trazê-lo de volta à vida.

Ou você pode tentar entender aquilo que você se tornou.

Foi isso o que eu passei a semana tentando fazer.
Completamente sozinho, isolado.
Eu comigo mesmo.

O que eu tirei disso?
Acho que ainda não sei ao certo.

Mas eu percebi principalmente o que é importante na minha vida.
Porque é na solidão que você percebe a falta que faz um abraço, uma conversa.
A falta que faz outros olhos, outras vozes, outras vidas em torno da sua, te rodeando, te complementando.

Te completando.

Essa semana serviu pra me mostrar aqueles que são realmente importantes na minha vida.
E talvez melhor ainda.. serviu pra me mostrar que não são poucos.
Eu percebi que não importa o que esteja dentro da minha cabeça, se eu for consciente o bastante para manter comigo cada uma dessas pessoas, então eu estarei bem.
Se eu conseguir “racionalizar o emocional”, eu não preciso me afastar de mais ninguém, ou fazer com que se afastem de mim.

A solidão continua sendo importante, claro.. mas como disse um grande amigo meu, é melhor estar em boa companhia do que estar apenas com seu pessimismo.
E todas as risadas, abraços e beijos vão compensar essa constante luta comigo mesmo.
Disso eu tenho certeza.

Sei que não vai ser fácil.
Mas vai valer a pena.

Afinal, de que adianta ser você mesmo sem a companhia dos outros?


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